sábado, 11 de janeiro de 2014

Trabalhadores. Atores da história e sua força transformadora



editorial
Registros históricos de Assis Horta: o mundo do trabalho e sua identidade com o país

O país convive nos últimos 20 anos com particularidades políticas, econômicas e sociais que parecem próximas de se esgotar. No campo político, as cinco disputas presidenciais desde 1994 tiveram como protagonistas PT e PSDB. Com o Plano Real, os tucanos elegeram duas vezes Fernando Henrique Cardoso. Em sua primeira gestão, a média anual de inflação foi 9,7% e o PIB cresceu, em média 2,4% ao ano. Nos quatro anos seguintes, 8,8% de inflação e 2,1% de PIB. A moeda era “estável”, mas um quinto da população não tinha emprego – e entre os que tinham a maioria era de informais.
No primeiro mandato de Lula, a inflação anual esteve pouco acima de 6% e o crescimento do PIB, superior a 3,5%. No segundo, 5,1% de inflação e PIB a 4,6%. Daí vieram os detalhes sociais, com o desemprego descendo aos níveis mais baixos da história, rendimento em alta e programas sociais que impulsionaram a passagem de milhões de brasileiros para acima da linha de pobreza. Tais detalhes fizeram de Lula o presidente com maior taxa de aprovação da história, a ponto de virar, com Dilma, para 3x2 o placar dos confrontos presidenciais.
A presidenta mantém relativo êxito – o que a faz favorita na disputa eleitoral, que pela primeira vez em 20 anos não tem, ainda, um tucano garantido na final. Os três primeiros anos de Dilma devem ter inflação média na casa dos 6% e PIB perto de 2% ao ano. O emprego formal ainda cresce e os índices de desemprego seguem baixos. Nesse aspecto, os trabalhadores têm sido protagonistas econômicos e sociais ao não abrir mão de seu direito de lutar por melhores salários e condições de trabalho e, com isso, firmar alicerces para que o pais se lance a nova fase de crescimento.
Eles têm também protagonismo nesta primeira edição do ano. Numa reportagem, destaca-se a importância dos acordos salariais. Noutra, o antropológico papel da fotografia do pioneiro Assis Horta e seu retratos de operários tirados nos anos 1940, após o surgimento da CLT. E um perfil do ferroviário Raphael Martinelli que, quase aos 90 anos, acredita na força de sua classe como instrumento de transformação. A Revista do Brasil também também acredita. E são mais uma vez, aliás, os trabalhadores os protagonistas desta ferramenta de comunicação. Continuemos juntos em 2014.

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