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sábado, 11 de janeiro de 2014

Manifestações populares ditaram prioridades no Congresso em 2013



Melhoria dos serviços públicos – como nas áreas de educação, saúde e segurança –, o fim da corrupção e a rejeição a preconceitos contra minorias foram algumas das pautas defendidas nos protestos de rua ocorridos este ano que também mobilizaram manifestantes no gramado em frente ao Congresso.

Surpreendidos com a dimensão dos protestos pelo país, deputados e senadores viram a necessidade de trabalhar em sintonia com a população. O Senado reagiu com uma pauta de prioridades e aprovou propostas que vão desde medidas de contenção de gastos na Casa que, segundo o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), vão economizar R$ 300 milhões no orçamento do Senado até 2014, a projetos que contemplam a chamada agenda das ruas.

Na lista estão matérias que combatem a corrupção, como a que transforma essa prática em crime hediondo; e acabam com privilégios corporativos, como a que trata da exigência de ficha limpa para servidores públicos. Outro destaque é a decisão de tornar abertas as votações em processos de cassação de mandatos de parlamentares condenados pela Justiça e nas análises de vetos presidenciais.

O Senado também votou propostas sobre a destinação dos royalties do petróleo para educação e saúde, a regulamentação do Ato Médico, a redução da conta de luz, o Programa Mais Médicos, a lei que obriga planos de saúde a ampliar a cobertura para vários tratamentos, inclusive de mulheres com câncer, além do Estatuto da Juventude, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Música e das leis de Direitos Autorais e da meia-entrada.

“Naquilo que dependeu do trabalho do Senado, o Brasil melhorou em 2013”, disse Renan Calheiros.

Vinte e oito matérias aprovadas pelo Senado aguardam apreciação dos deputados, entre elas, muitas relativas à pauta das ruas, como o Plano Nacional de Educação (PNE). O presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN), atribui a demora dessas votações às urgências constitucionais que trancaram a pauta da Casa.

“A pauta da Câmara ficou trancada por quatro meses no segundo semestre, com projetos carimbados com urgência constitucional vindos do Executivo. A partir desse carimbo, qualquer outro projeto só pode ser votado depois daquele ter sido aprovado ou votado pelo plenário”, justificou.

Ao fazer o balanço das atividades no ano, Henrique Alves destacou a aprovação da nova legislação para os portos, já transformada na Lei 12.815/13. Para ele, as mudanças vão garantir competitividade e ampliação da infraestrutura portuária, além de atrair capital privado para impulsionar os portos brasileiros. A discussão da proposta foi polêmica e responsável por uma das sessões mais longas da história da Câmara – entre debates e votações foram 25 horas.

Alves também ressaltou a aprovação da PEC 565/06, que torna obrigatória a execução das emendas parlamentares ao Orçamento da União. Como foi modificado no Senado, o chamado orçamento impositivo, ainda precisa passar por mais uma votação na Câmara. Mesmo assim Alves lembrou que o mecanismo já valerá em 2014, pois foi incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Segundo o presidente da Câmara, pleitos de pequenas cidades que, muitas vezes, não chegam à mesa dos ministros, como obras de construção de uma ponte, de uma praça ou de pequenas unidades de saúde, passarão a ser contempladas.

'AN' lança série de reportagens que conta a história de glórias do Joinville


"A 13ª Estrela" serve de inspiração para o time conquistar mais um Campeonato Catarinense'AN' lança série de reportagens que conta a história de glórias do Joinville Arquivo histórico/Rubens Martins Junior

Último título tricolor foi no ano de 2001 Foto: Arquivo histórico / Rubens Martins Junior
Lucas Balduino
lucas.balduino@an.com.br
A história do Joinville é o maior motivo do orgulho do torcedor tricolor. O passado de glórias é razão para o jequeano estufar o peito e gritar a plenos pulmões o nome do time para o qual torce.

E quem fez parte dessa história é símbolo de inspiração – força que deve ser o combustível para o JEC escrever mais um capítulo vitorioso no Campeonato Catarinense de 2014.

“A Notícia” quer ajudar a mobilizar o time e a torcida para que o Tricolor chegue a este objetivo, e torce para que o clube borde a 13ª estrela de um título do Estadual em seu escudo.

Por isso, “AN” inicia nesta edição a série de reportagens A 13ª Estrela, que vai visitar o passado para contar histórias dos ídolos que fizeram do Joinville Esporte Clube aquilo o que ele é hoje.

São tantas histórias bonitas para serem contadas que é até difícil, para não dizer injusto, um jornalista as escolher. Por isso, quem vai contar para o torcedor como foi o passado do Joinville são os próprios personagens de cada uma das conquistas.

De 1976 até 2001, foram 12 títulos. Então, os responsáveis por narrar os momentos inesquecíveis serão 12 heróis das batalhas campais que aconteciam nos gramados dos estádios de Santa Catarina, defendendo o preto, o branco e o vermelho do Norte do Estado,

Em 1976, ano do primeiro título catarinense, foram muitos os heróis dentro das quatro linhas. E o escolhido para contar a primeira história foi Chico Samara, porto-alegrense que desembarcou em Joinville aos 18 anos e foi reprovado em um teste no América.

Dois anos depois, o clube o buscou no Palmeiras (de Blumenau) para brilhar no Estádio Olímpico e entrar na história.

No ar: a história do rádio



“Alô, Alô, ouvintes: uma história do rádio em Bauru” é muito mais que um importante documento de pesquisa sobre o rádio e seu desenvolvimento em Bauru. Apontada como inédita pelo autor, João Francisco Tidei Lima, a obra – que será lançada na próxima terça-feira, dia 14, às 19h, na Jalovi – é um convite para aprender história e entender as principais mudanças numa época “fervorosa” no País, que atravessou as décadas de 40, 50, 60 e início dos anos 70.
Um dos enfoques da publicação é sobre a relação e as consequências para a rádio no período em que o Brasil viveu os chamados “anos de chumbo” da ditadura militar. Se engana quem pensa que os veículos de comunicação do Interior não sofreram a mesma censura dos das capitais.
Em Bauru, as três emissoras relatadas no livro – PRG-8, Auri-Verde e Terra Branca – ao mesmo tempo em que buscavam se adequar à nova realidade da revolução nas comunicações, também ficaram expostas, de uma forma ou de outra, aos efeitos da nova conjuntura política conturbada pelos fatos que culminaram no Golpe Militar de 1964.
Paixão
Apesar de professor e historiador, João Francisco assumiu cargo de gerência na Rádio Auri-Verde; e também chegou a atuar como comentarista. “A rádio era uma espécie de um bico. Dividia a atividade com as aulas de história”, contou. Apaixonado por rádio desde a infância, ele quis fazer o livro pelo gosto que sempre teve por este veículo. “O livro tem também característica autobiográfica. Meu pai gostava muito de ouvir rádio, ligava e ouvia o dia todo”, afirma.
Sobre a importância da obra, o autor ressalta que o livro fornece uma síntese da história que vai desde a fundação do rádio em Bauru até o início dos anos 70. Assim, o leitor pode ter acesso a um importante panorama econômico, político e também das mudanças sociais e como elas afetaram os meios de comunicação desde a década de 30. “Faço referência também não só às rádios, mas a outros veículos da cidade”, sublinha o escritor.
Além de textos valiosos para estudantes de comunicação e demais interessados em história da cidade e do rádio, a publicação é recheada de imagens que mostram personalidades importantes da época, além dos primórdios e percurso deste importante veículo de comunicação em Bauru.
Sobre um eventual fim do rádio com a chegada das novas tecnologias da informação e comunicação, o autor diz que o veículo continuará a desempenhar seu papel. “Ele vai continuar sobrevivendo pelas suas especificidades - a perenidade, a sua originalidade. O rádio é portátil, podemos levá-lo para qualquer lugar. Ele tem especificidades que nenhum outro meio de comunicação tem”, atesta.

Lembranças
Uma das riquezas do livro é que ele traz, com detalhes, situações da época da ditadura enfrentada pelos veículos de comunicação. Quando criou-se nas redações dos jornais, das emissoras de rádio e de televisão a figura do censor. João Francisco traz à tona lembrança importante vivida naquele momento:
“Quando se instalou a ditadura militar, um dos membros da família Simonetti – o Sica, era plantonista/âncora da rádio PRG-8. E ele, junto ao Tobias Ferreira e o chefe do setor técnico foram chamados ao quartel. E o comandante da PM disse precisamente o seguinte: “Olha, os senhores estão proibidos de noticiar qualquer ação repressiva e também devem terminar todos os noticiários com a seguinte palavra de ordem: Reina a mais absoluta calma em todo o País ”, recorda.

O autor
Historiador e professor universitário aposentado junto à Unesp (campus de Assis e de Bauru), e com passagens pela Universidade Sagrado Coração (USC) e pós-graduação pela Universidade de São Paulo (USP), João Francisco Tidei de Lima possui especialização no Institut Européen des Hautes Études Internationales, Universidade de Nice, França. É ainda responsável pela organização do arquivo ferroviário depositário de toda a documentação escrita, impressa e fotográfica da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, disponibilizado para o público desde 1995 ao lado da Estação Ferroviária da praça Machado de Melo, em Bauru.
 
  • Serviço
O lançamento da obra será na Livraria Jalovi do Altos da Cidade, que fica na rua Antonio Alves, 22-75.

A Escola dos Annales e o marxismo

 
A Escola dos Annales e o marxismo: uma simples oposição entre formas de ver o passado?

Quando fazemos uma menção rasa sobre a relação existente entre a Escola dos Annales e o marxismo, logo tendemos a construir um panorama cercado por duas perspectivas históricas de natureza antagônica. Talvez pela abordagem dos diferentes contextos, leituras, temas e intenções que marcaram a relação para com o passado dessas duas linhas de pensamento e escrita do passado, podemos sim semear uma infinita gama de contrastes. Contudo, seria suficiente pensar que a busca por um parâmetro divergente delimita a existência (ou a coexistência) desses “tipos de História”?
No interior do marxismo, pensando o materialismo histórico como sua principal ferramenta para se olhar o passado, a questão dos problemas e ações de ordem política e econômica são peças fundamentais para que as experiências históricas sejam interpretadas. Em certo modo, conforme aponta os críticos do marxismo, existe uma relação de subordinação entre o eixo político e econômico sob as demais nuances e fatos que se integram a uma determinada experiência histórica. Sendo assim, tudo que escapa dessa baliza fundamental, na verdade, se mostra de algum modo contaminado por ela.

Longe de ser uma simples espécie de equívoco que visita todas as obras de perspectiva marxista, o forte interesse pelo âmbito político-econômico prestigia não só uma postura coerente com relação ao aparato teórico marxista, bem como dialoga com várias noções de história que se mostraram vivas, principalmente no século XIX. Nesse período, em suma, notamos uma forte presença da razão iluminista pautando a busca por um conhecimento comprometido com a noção de progresso. Sob tal aspecto, o marxismo singulariza-se por apresentar uma espécie de progresso comprometido com a possibilidade de transformação profunda de seu tempo.

Para muitos, a noção de progresso e a força do eixo político-econômico atestaria a pesada acusação que o marxismo propunha uma compreensão do passado através de matizes bastante conservadoras e comprometidas com seu tempo. Afinal, mesmo não tendo as mesmas convicções e expectativas que os positivistas para com o passado, utilizavam-se de formas de compreensão do processo histórico tão ou mais rígidas. Em outras palavras, os marxistas aspiravam a uma revolução que era contraditoriamente negada ao modo de se investigar os fatos contidos no passado.

Com isso, ao encararmos o modo inovador com que os Annales pretendiam mergulhar em antigos e novos temas do passado, temos a impressão de que eles dão um passo à frente do marxismo ao não optarem pela “segurança interpretativa” dada pela hierarquia, onde o econômico e o político predominam os desdobramentos de todas as outras instâncias da vida humana. Prova disso seria a ousadia que os Annales tiveram ao se aventurar com o aparato de outras disciplinas e a construção de perspectivas que, há bem pouco tempo, estariam completamente marginalizadas daquilo que se entendia como sendo algo importante para o entendimento da história.

Mesmo sendo inegável a força e o fôlego que os Annales deram ao modo de se pensar a história, não podemos incorrer no engano de que eles alcançaram um patamar inimaginável para a perspectiva marxista. No ato de se ampliar as fronteiras históricas, percebemos que os Annales – ao longo de seus autores e gerações – se depararam com os dilemas construídos por tantas outras possibilidades de escrita da história. Por tal razão, vemos que o nascimento do método quantitativo opera como uma manifestação viva de que as mentalidades e os imaginários não fundaram um modo radicalmente apartado de alguns antigos atos comuns à história observada no século XIX.

Por outro lado, vemos que importantes obras marxistas (entre as quais incluímos os escritos do próprio Karl Marx!) se preocupam em investigar com maiores cuidados o modo de se pensar as relações ente o econômico, o político, o social e as outras manifestações oriundas da ação humana. Desse modo, vemos que os marxistas como Gramsci, Lukács e Castoriadis também encararam os seus dilemas ligados à interpretação do passado, observando criticamente as limitações das perspectivas geradas no interior do pensamento histórico marxista e oferecendo outras possibilidades.

De tal modo, vemos que a noção de progresso que se mostra falha ao tentarmos abarcar o desenrolar das experiências guardadas no passado, não deve também contaminar erroneamente as contribuições e problemas gerados pelos Annales e pelo marxismo. Ao contrário, como podemos notar em textos produzidos recentemente, a preocupação em conservar a autonomia dos objetos históricos, incentiva cada vez mais o diálogo entre as formas de conhecimento equivocadamente restringidas à tensão gerada entre a inovação e o conservadorismo.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

A crise sul-americana

 

 Oficial colombiano fazendo denúncia contra a Venezuela e o Equador.
 
As FARC são uma guerrilha que durante um longo tempo desafiam a supremacia do poder governamental colombiano. Utilizando das armas, seqüestros e extorsão conseguiram criar um verdadeiro poder paralelo dentro da Colômbia. Ao longo de três décadas de guerra civil, as FARC controlaram cerca de 40% do território da Colômbia.

Muitos especialistas discutem qual a real motivação desse movimento que, em tese, reforça seu caráter popular alegando lutar pela criação de um governo marxista-leninista em território colombiano. No entanto, muitos apontam que as FARC deixaram de adotar um projeto revolucionário para agora instituírem uma força política que controla a porção sul da Colômbia por meio das armas e do terror.

Além disso, um ponto extremamente polêmico sobre as FARC se refere ao controle do tráfico de drogas de uma região considerada uma das maiores produtoras de droga do mundo. Vários depoimentos e denúncias apontam que as FARC sustentam-se pela comercialização de drogas que se espalham por diversos países da América e Europa. Em resposta, alguns órgãos de representação internacional e chefes de Estado defendem a luta internacional contra o poder das FARC.

Nos últimos anos, a ação dessa guerrilha colombiana ganhou destaque com as diversas negociações pela libertação de reféns e os esforços do governo colombiano em derrotar o crescente poder dessa guerrilha em seu país. Em março de 2008, um incidente envolvendo a luta contra as FARC motivou uma delicada crise diplomática envolvendo a própria Colômbia, o Equador e a Venezuela.

Durante um conflito entre tropas colombianas e as FARC, na fronteira da Colômbia com o Equador, os militares colombianos bombardearam o território equatoriano com o objetivo de aniquilar um importante grupo de guerrilheiros que agiam naquela região. Agredido pela invasão colombiana, o presidente do Equador, Rafael Correa, retirou seu representante diplomático da Colômbia sob a alegação de que o país desrespeitara a soberania territorial equatoriana.

Opinando sobre o episódio envolvendo Colômbia e Equador, o presidente venezuelano Hugo Chávez – inimigo político do presidente colombiano Álvaro Uribe – fez uma declaração onde recriminava a ação dos militares colombianos no Equador. Em seu discurso, chegou a afirmar que caso o governo colombiano realizasse esse tipo de operação na Venezuela, isso seria motivo suficiente para se declarar uma guerra contra a Colômbia.

Em resposta, representantes do governo colombiano declararam que tinham informações que ligavam as FARC ao governo equatoriano e venezuelano. Em um desses documentos autoridades colombianas afirmaram a existência de acordos de boa convivência entre as FARC e as autoridades equatorianas. Na mesma declaração, os colombianos disseram ter encontrado um documento referente a uma ajuda financeira de 300 milhões de dólares feita por Hugo Chávez aos líderes das FARC.

Os Estados Unidos, rival declarado das FARC e de Hugo Chávez, decidiram apoiar a ação militar na Colômbia dizendo esta ser uma intervenção legitima. As autoridades colombianas já declararam que não possuem nenhum interesse em guerrear contra seus países vizinhos. No entanto, o impasse político e a crise nas relações entre os países latino-americanos geram uma incógnita sobre a manutenção da paz naquela região.
Por Rainer Sousa
Graduado em História

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Especial Cidades - Pittsburgh, Estados Unidos


Pittsburgh

Pittsburgh, também por vezes escrita em português como Pitsburgo ou Pittsburgo, é a segunda cidade mais populosa do estado americano daPensilvânia, atrás apenas da cidade de Filadélfia. Pittsburgh está localizada no sudoeste do estado, sendo a sede do Condado de Allegheny.

No final do século XIX, e isto até meados da década de 1960, Pittsburgh foi o maior pólo siderúgico e o maior produtor de aço do mundo. De fato, o cognome de Pittsburgh é "Cidade do Aço". Por causa das siderúrgicas instaladas na região - altamente poluidoras - Pittsburgh também foi cognomeada por alguns como "Cidade Enfumaçada". Porém, a maior parte das siderúrgicas - que passaram a enfrentar a concorrência cada vez maior de siderúrgicas estrangeiras - fecharam ou saíram da cidade. Em seu lugar, vieram indústrias de alta tecnologia, especialmente biotecnologia erobóticas, levando Pittsburgh a ser cognomeada pela Wall Street Journal como Roboburgh. Pittsburgh é uma das maiores produtoras de equipamentos robóticos do mundo, fora do Japão.


Pittsburgh é um centro importante de fundações e organizações de caridade e filantrópicas, como a Heinz Foundation, que tem uma longa história de apoio a actividades culturais e artísticas, que fizeram de Pittsburgh um pólo artístico e cultural no país. Além disso, Pittsburgh é um importante pólo de educação superior dos Estados Unidos, especialmente na área da medicina.


História


Até o século XVIII

Anteriormente à exploração e colonização européia, a região onde atualmente localiza-se a cidade de Pittsburgh era habitada pelos iroqueses e peloshurões, duas tribos nativo americanas. Os nativo americanos utilizavam-se do Rio Ohio, do Rio Monongahela e do Rio Allegheny para caçar e pescar, bem como meio de transporte. Os iroqueses e os hurões eram inimigas entre si, e a região foi palco de várias batalhas entre estas duas tribos nativo americanos. Eventualmente, os iroquois - de natureza mais agressiva do que os iroqueses - expulsariam os hurões a fugir da região. Até o início do século XVIII a região permaneceria inexplorada pelos europeus, embora parcialmente na esfera de influência da Nova França e parcialmente na esfera de influência das Treze Colônias britânicas.

Em meados da década de 1740, soldados franceses, que haviam partido de Quebec, tornaram-se as primeiras pessoas a explorar a região. Estes soldados reivindicaram estas terras em nome da Coroa francesa. Os franceses faziam trocas comerciais com os iroquois - buscando basicamente por peles.

Os britânicos nas 13 colônias acreditavam que a região do Rio Ohio, onde os franceses realizavam suas trocas comerciais com os iroqueses, era território britânico. As relações entre os colonos franceses e britânicos na América do Norte deteriorou-se rapidamente, desencadeando em 1754 aGuerra Franco-Indígena. Ainda em 1754, os franceses construíram um forte, o Fort Duquesne, na confluência do Allegheny e do Monongahela. Os britânicos - comandados por George Washington, futuro líder da Guerra da Independência dos Estados Unidos da América e Presidente dos Estados Unidos da América - por sua vez, construíram o Fort Necessity, imediatamente ao sul do Fort Duquesne. Eventualmente, uma força francesa de 750 soldados derrotou as tropas de Washington - três vezes menor em número - na Batalha de Necessity, forçando Washington a render-se.

Eventualmente, porém, os britânicos tomariam o controle da região, passando a fazer parte da colônia de Pensilvânia. Eles destruíram os remanescentes dos fortes anteriores e construíram um novo, o Fort Pitt, imediatamente a leste do antigo Fort Duquesne. Em torno deste forte, uma vila rural passou a crescer. Eventualmente, esta vila passou a ser chamada de Pittsborough - sendo que posteriormente este nome mudaria paraPittsburgh.

Após o fim da guerra pela independência, a região onde a vila de Pittsburgh estava localizada passou a ser disputada entre os Estados de Virgínia ePensilvânia. Foi somente em 1781 que a vila passou a fazer parte do estado de Pensilvânia. Em 1794, a criação de um imposto para produtos alcoólicos desencadeia a Rebelião do WhiskeyGeorge Washington — então presidente do país — foi obrigado a mandar tropas à região para controlar a rebelião.
Pittsburgh tornou-se imediatamente após a guerra o ponto de partida às pessoas interessadas em viajar e desbravar o oeste americano. Em 1788, Pittsburgh tornou-se a sede de condado do Allegheny.

Século XIX


Pittsburgh passou a desenvolver-se rapidamente no início do século XIX, por três razões. A primeira razão é que a demanda por produtos industrializados em várias vilas e cidades do país tornou-se muito alta, assim estimulando seu desenvolvimento industrial. A segunda razão é que Pittsburgh está localizada às margens do Rio Ohio, que tornava possível o transporte destes produtos, via Rio Mississippi, até o Golfo do México e oOceano Atlântico. A terceira e última razão era sua proximidade com inúmeras reservas de carvão, que era usado para alimentar as fábricas. A cidade passou a prosperar como um centro portuário, e inúmeras fábricas foram construídas na região. Em 1816, com aproximadamente cinco mil habitantes, Pittsburgh foi elevada à categoria de cidade primária (city).

Pittsburgh tornou-se um centro de fabricação de navios. Em 1811, o primeiro navio a vapor navegou pelo Rio Ohio e pelo Rio Mississipi. Este navio fora fabricado em uma fábrica em Pittsburgh. Em 1834, o Sistema de Canais Hidrográficos da Pensilvânia foi inaugurado, permitido transporte rápido e eficiente entre Pittsburgh e Filadélfia, a maior cidade do estado. Em 1851, a primeira de uma série de várias linhas ferroviárias foi inaugurada, conectando Pittsburgh a Filadélfia. Tudo isto tornou Pittsburgh, em meados da década de 1860, um grande pólo siderúgico. A fabricação de vidrotambém era uma grande fonte de renda na cidade. A construção de fábricas e siderúrgicas atraiu centenas de pessoas. Em 1851, a cidade já tinha 46 mil habitantes. Porém, este desenvolvimento industrial gerou intensa poluição atmosférica.

Com o início da Guerra Civil Americana, o desenvolvimento industrial da cidade - que já era intenso - acelerou-se drasticamente. O exército americano precisava de armas, munições e outros suprimentos industrializados. Eventualmente, Pittsburgh, por causa de sua forte indústria siderúrgica, tornou-se o principal fornecedor de suprimento à forças da União. Várias ferrovias foram construídas, conectando a cidade com outras regiões do país. O aço fabricado na cidade, além de usado na fabricação de armas e afins, também foi usado na construção de pontesferrovias e mais fábricas, atraindo mais pessoas à cidade.

Em 1870, cinco anos após o fim da guerra, Pittsburgh tinha uma população de 86 mil habitantes. Em 1900, 30 anos depois, Pittsburgh já tinha mais de 320 mil habitantes. Então, Pittsburgh produzia metade de todo o aço e vidro fabricado mundialmente. Contando apenas os Estados Unidos, Pittsburgh produzia, em 1900, 70% de todo o aço e vidro produzido no país.

O grande crescimento industrial veio às custas dos seus trabalhadores, que eram muito mal pagos, possuíam poucos ou nenhum direito trabalhista e trabalhavam em condições precárias. Além disso, avanços tecnológicos na área do transporte ferroviário geraram demissão em massa de trabalhadores. Em 21 de julho de 1877, um dia depois de trabalhadores ferroviários da companhia Baltimore and Ohio organizarem uma manifestação popular, em BaltimoreMaryland - onde morreram 9 trabalhadores, mortos pela polícia local - trabalhadores em Pittsburgh organizaram um greve de solidariedade que foi violentamente reprimida pela polícia. A repressão levou a um levantamento operário, em particular de trabalhadores ferroviários, que destruíram material e infra-estruturas da companhia Pennsylvania Railroad. A revolta foi dominada por policiais enviados de Filadélfia e por tropas federais. Esta rebelião ficou conhecida como a Grande Greve Ferroviária (Great Railroad Strike) de 1877.
Eventualmente, os trabalhadores da cidade organizaram-se em sindicatos. Em 1892Andrew Carnegie, o presidente da Carnegie Steel Company, uma das maiores companhias operando na cidade, tentou fragilizar os sindicatos, gerando um grande conflito entre. Deste conflicto resultaram 16 mortos e inúmeros feridos.

1900 - 1950


A indústria da cidade continuou a crescer durante as primeiras décadas do século XX. Centenas de imigrantes europeus e afro-americanos vindos do sul instalavam-se na cidade diariamente. O advento da Primeira Guerra Mundial criou novamente grande demanda por armas e suprimentos, fazendo com que a indústria da cidade crescesse ainda mais. Em 1930, Pittsburgh já tinha uma população de aproximadamente 670 mil habitantes.

Porém, o grande crescimento econômico gerou problemas. Os altos níveis de poluição de Pittsburgh, gerados pela emissão de gases das indústrias siderúrgicas, cobriram a cidade por uma névoa espessa, que lhe rendeu o infame apelido de Smoky City (Cidade Fumacenta). Além disso, estas mesmas indústrias despejavam grandes quantidades de dejetos industriais diretamente na bacia do Rio Ohio, poluido-o. A partir de 1907, quando a cidade começou a se abastecer com a água Rio Ohio, Pittsburgh começou a apresentar as taxas mais altas de mortalidade (em geral) dos Estados Unidos da América. Isto continuou até a década de 1960. As centenas de milhares de trabalhadores mal pagos viviam em guetos. Para piorar a situação, o desenvolvimento econômico foi desorganizado, com áreas industriais e residenciais misturando-se entre si.

Grande Depressão de 1929 parou com o desenvolvimento industrial da cidade. Milhares de pessoas ficaram desempregadas. E a falta de planejamento urbano gerou grandes problemas em 1936, quando os Rios Allegheny e Monogahela inundaram, matando 74 pessoas e deixando milhares desabrigadas. Com o início da Segunda Guerra Mundial, novamente a indústria floresceu, atraindo milhares de pessoas. Ao final da guerra, Pittsburgh já possuía uma população de aproximadamente 750 mil habitantes.


1950 - Tempos atuais

Pittsburgh começou a apresentar um lento e gradual declínio de sua população a partir do fim da segunda guerra mundial. Com o grande fluxo de pessoas criado pelo crescimento industrial no final da guerra, a cidade apresentava uma grande falta de abrigos e residências de baixo preço - fazendo com que várias pessoas mudassem de Pittsburgh para cidades vizinhas, e afastando definitivamente vários trabalhadores da cidade. Além disso, com o fim da guerra, a indústria do vidro começou a mudar para outras cidades no país, e a indústria siderúrgica parou de crescer. Em 1950, a cidade atingira seu máximo de 676 806 habitantes. Desde então, a população da cidade somente têm decaído em número.

Em 1946, pressionado por líderes civis e patrocinado por algumas empresas sediadas na cidade, o prefeito de Pittsburgh começou a planejar seriamente um plano diretor que resolvesse ou minimizasse os graves problemas de planejamento urbano da cidade. A cidade instituiu leis pesadas contra indústrias poluidoras, criou leis de zoneamento, afastou as indústrias do centro da cidade e as recolocou para o leste, longe dos rios da cidade. Os objetivos deste plano diretor foram alcançados no começo da década de 1970. Este período, marcado por grandes mudanças no aspecto físico da cidade, é conhecido como "Renascença I".

As leis pesadas contra indústrias poluidoras, bem como a competição de siderúrgicas localizadas em países em desenvolvimento gerou sérios problemas para a indústria siderúrgica da cidade. A maioria das siderúrgicas instaladas em Pittsburgh eventualmente faliram, enquanto outras foram obrigadas a fechar as portas e mudar sua base de operações. Porém, o plano diretor instituído na cidade gerou grandes efeitos na cidade - a poluição havia deixado de ser um sério problema, a taxa de mortalidade caiu bastante e as condições de vida da população cresceram. Isto atraiu várias instituições de educação superior e empresas de alta tecnologia - que atualmente constituem a base da economia da cidade.

Ponte Fort Dusquene, uma das principais da cidade. Atualmente, as pontes fazem parte do cenário diário da cidade.

Na década de 1980, a cidade instituiu um novo plano diretor, desta vez, com ênfase no trânsito urbano. O sistema de transporte público foi melhorado, pontes, túneis, ruas e escadarias foram construídas e novos arranha-céus foram construídos. Este período de novas mudanças intensas na cidade ficou conhecida como "Renascença II".
Atualmente, a cidade possui uma dos conjuntos de leis antipoluição mais pesadas do país - afastando indústrias poluidoras, de menor tecnologia, da cidade. Isto, aliado com o crescimento dos preços dos produtos em geral na cidade, é um problema na cidade pois várias pessoas - incluindo muitos jovens - não possuem formação suficiente para trabalhar nas indústrias de alta tecnologia, forçando muitos a sair da cidade em busca de emprego. Pittsburgh foi mostrado como um exemplo por críticos do planejamento urbano, dizendo que mudanças drásticas no ambiente da cidade, mesmo que sejam intencionalmente boas - melhorar a aparência e as condições de vida da cidade - acabam gerando grandes problemas de cunho social. Mesmo assim, Pittsburgh tem atualmente um dos índices de criminalidade mais baixos do país, e é considerado por várias fontes como uma das melhores cidades do país para se viver.

Geografia


As coordenadas geográficas da cidade de Pittsburgh são 40°26'29" Norte e 79°58'38" Oeste. A área de Pittsburgh é de 151,1 km² sendo que 144,0 km² (95,3%) são constituídos por terra e 7,2 km² (4,7%) por água. Está localizada na confluência dos rios Allegheny e Monongahela com o Rio Ohio. A área compreendida entre os rios Allegheny e Monongahela é normalmente designada como o Triângulo Dourado (The Golden Triangle). A cidade de Pittsburgh ocupa este Triângulo Dourado e ainda algumas áreas adjacentes em ambas as margens destes rios. O Rio Allegheny corta Pittsburgh inicialmente no nordeste da cidade, servindo como uma fronteira natural da cidade, dirigindo-se depois para sul, em direção ao centro da cidade. O Rio Monongahela corta a cidade começando pelo extremo sudeste, e indo diretamente ao centro da cidade, onde ambos os rios se encontram para formar o Rio Ohio.

Pittsburgh encontra-se situada no centro de um extenso sistema de vales fluviais, com muitos dos bairros residenciais localizados em encostas com uma inclinação de tal modo elevada (particularmente a sul do rio Monongahela) que os torna quase inacessíveis ao tráfico motorizado no inverno. Como consequência, Pittsburgh é considerada a cidade mais "inclinada" dos Estados Unidos, depois de San Francisco. Pittsburgh ainda mantém em actividade doisfuniculares - para auxílio no sistema de transporte público da cidade - na encosta do Mount Washington, chamados Monongahela e Duquesne, bem como uma série de túneis.

Pittsburgh é a cidade americana com mais escadarias públicas (cerca de 700), seguida de Cincinnati e San Francisco. Estas escadarias, em geral, levam a bairros que podem ser inacessíveis a veículos - especialmente no inverno. Estas escadarias têm nomes e placas como se de ruas normais se tratassem.

Pittsburgh possui um clima temperado. Sua temperatura média no Inverno é de 2 °C, com máximas de até 14 °C e mínimas de até -20 °C. No Verão, sua temperatura média é de 22 °C, com máximas de 35 °C e mínimas de 10 °C. A cidade possui um clima instável. A precipitação média anual de chuva e neve na cidade é de 101 centímetros.

Administração


A cidade de Pittsburgh é governada por um prefeito e por um conselho municipal. Pittsburgh está dividido em nove distritos eleitorais. Os eleitores de cada distrito votam em um oficial - um habitante do distrito em questão - que atuará como representante deste distrito no Conselho. Além disso, os habitantes de Pittsburgh elegem, através de eleições de pluralidade, também o prefeito para mandatos de até quatro anos de duração.

A maior parte da renda da cidade provém de impostos municipais, como uma taxa extra sobre o imposto de renda e sobre propriedades. O resto provém de verbas do governo da Pensilvânia.


Nomenclatura da cidade


A cidade de Pittsburgh é uma das poucas cidades americanas que estão escritas ao final de um sufixo burgh. A referência mais antiga atualmente conhecida sobre o uso da palavra Pittsburgh como nome do assentamento data de 27 de novembro de 1758, em uma carta enviada pelo General John Forbes para William Pitt, onde estava escrito "Pittsburgh, 27 de novembro de 1758" (Pittsbourgh, 27th November, 1758). A palavra inglesa bourgh é um derivado de borough, um tipo de região administrativa a nível municipal ou submunicipal. A referência registrada mais antiga atualmente conhecida sobre o uso da palavraPittsburgh data de 1769, em um mapa regional feito para os Penn. Em 18 de março de 1816, quando a cidade foi elevada à categoria de cidade primária (city), a palavra Pittsburgh é utilizada no documento original, mas, devido aparentemente a um erro de impressão, a palavra Pittsburg é encontrada nas cópias oficiais deste documento.

Em 23 de dezembro de 1891, uma recomendação do Conselho de Nomenclatura Geográfica dos Estados Unidos foi aprovada em uma lei. Esta lei mudou oficialmente o nome de Pittsburgh para Pittsburg. Publicações nos próximos 20 anos usariam esta escrita. Esta mudança, porém, foi extremamente mal recebida pela população da cidade, e várias lojas e organizações recusaram-se a fazer a mudança. Os habitantes da cidade pressionaram o governo dos Estados Unidos a reverter a mudança, e em 19 de julho de 1911, o Conselho de Geografia dos Estados Unidos, sucessora do Conselho de Nomenclatura Geográfica dos Estados Unidos, reverteu o nome da cidade para a antiga escrita, Pittsburgh.

Esta confusão e controvérsia fez com que tanto a escrita oficial da cidade, Pittsburgh, quanto a antiga escritura oficial, Pittsburg, sejam usadas comumente pelos habitantes da cidade, até os dias atuais.

Vista panorâmica da cidade.

Demografia


Pittsburgh, no século XIX, atraiu imigrantes de vários países europeus. Milhares de imigrantes, primariamente alemãesirlandesesitalianos e poloneses, instalaram-se na cidade ao longo do século XIX e nas décadas iniciais do século XX. Atualmente, descendentes de alemães e irlandeses formam os maiores grupos étnicos da cidade. 67,63% da população da cidade são brancos, 27,12% são afro-americanos, 0,19% são nativos americanos, 2,75% são asiáticos, 0,03% são nativos polinésios, 0,66% de outras raças e 1,61% descendentes de duas raças ou mais. 1,32% da população da cidade são hispânicos de qualquer raça.

De acordo com o censo nacional de 2000, Pittsburgh possui uma população de 334 563 habitantes, 143 739 residências ocupadas, 74 169 famílias e uma densidade populacional de 2 324,1 hab/km². Pittsburgh possui um total de 163 366 residências, que resultam em uma densidade de 1 134,9 residências/km². Das 143 739 residências ocupadas, 21,9% têm crianças com menos de 18 anos, 31,2% são habitadas por casais que vivem juntos, 16,5% são famílias com uma mulher sem marido presente como chefe de família, e 48,4% não constituem famílias. Do total, 39,4% são constituídas por um único indivíduo, e 13,7% são habitadas por uma única pessoa com 65 anos ou mais de idade. A dimensão média de cada residência é de 2,17 pessoas e a da família é 2,95 pessoas.

Casas num dos bairros de Pittsburgh.

19,9% da população de Pittsburgh possui menos de 18 anos de idade, 14,8% tem entre 18 e 24, 28,6% tem entre 25 e 44, 20,3% tem entre 45 e 64 anos e 16,4% tem mais de 65. A idade média da população da cidade é de 36 anos. Para cada 100 pessoa do sexo feminino há 90,7 pessoas do sexo masculino, e para cada pessoa do sexo feminino com mais de 18 anos há 87,8 pessoas do sexo masculino.

A renda média anual de uma residência é de 28 588 dólares, e a renda média anual de uma família é de 38 795 dólares. O renda média anual de pessoas do sexo masculino é de 32 128 dólares, e a renda médio anual de pessoas do sexo feminino é de 25 500 dólares. A renda per capita da população de Pittsburgh é de 18 816 dólares. 20,4% da população e 15% das famílias da cidade vivem abaixo da linha de pobreza. 27,5% da população com menos de 18 anos de idade e 13,5% dos idosos vivem abaixo da linha de pobreza. A cidade possui uma das menores taxas de criminalidade entre qualquer cidade com população similar nos Estados Unidos.

Economia


A economia de Pittsburgh foi ao longo do século XIX e da primeira metade do século XX baseada majoritamente na indústria siderúrgica. Porém, a economia da cidade passou por uma grande reviravolta entre a década de 1970 e a década de 1980. Inicialmente, a economia da cidade começou a se diversificar-se, após os efeitos do plano diretor de renovação urbana instituído na década de 1950 terem instituído efeito na cidade. Em meados da década de 1970, as siderúrgicas da cidade, devido à concorrência com a indústria siderúrgica de outros países, passaram uma a uma ou a fechar as portas ou a mudar-se, causando desemprego em massa. Porém, a economia da cidade continuou-se a diversificar. Agora, é o setor terciário é a maior fonte de renda na cidade. As indústrias de base saíram da região, embora indústrias de alta tecnologia tenham tomado seu lugar.

A principal indústria da cidade é a indústria de alta tecnologia - especialmente a robótica, que é o estudo, desenvolvimento e produção de robôs; e a biotecnologia. Pittsburgh é um grande produtor de remédios e de produtos químicos utilizados em laboratórios em geral. Cerca de 170 laboratórios de pesquisa biotecnológica operam em Pittsburgh. A cidade ainda possui algumas siderúrgicas. Estas siderúrgicas produzem aço não mais para exportação, mas sim, de um tipo de aço automobilístico, utilizado pela indústria automobilística, primariamente, em Denver. Este aço possui maior qualidade do que o aço anteriormente produzido, e é também mais rentável à estas siderúrgicas. A indústria do vidro, embora não tenha mais a importância de anos anteriores, ainda continua presente na cidade. O setor terciário emprega cerca de 130 mil pessoas.

Pittsburgh é um grande centro hospitalar. A cidade possui cerca de 90 hospitais - onde trabalham cerca de 25 mil pessoas - e várias insituições de ensino superior voltadas para o ensino da medicina, algumas delas reconhecidas mundialmente. Entre elas, está a Universidade de Pittsburgh, que é especializada em transplantes.

A prestação de serviços comunitários e pessoais, o comércio, e serviços governamentais são atualmente as principais fontes de renda da cidade. Cerca de 370 mil pessoas trabalham em uma destas áreas. 30 mil destas pessoas trabalham em hospitais e 20 mil pessoas trabalham em instituições de educação superior.

Cultura e Recreação


Música

Ricos empresários do século XIX, incluindo Andrew Carnegie, Henry J. Heinz e Henry Clay Frick, doaram grandes somas em dinheiro para instituições educacionais e culturais de Pittsburgh. Como resultado, a cultura e as artes da cidade atualmente é muito rica e diversa. A Orquestra Sinfônica de Pittsburgh é uma orquestra sinfônica de classe e renome mundial. O Centro Benedum e o Heniz Hall são locais que permitem a realização de musicais, conferências, discussos e outros tipos de permomance em público. Além disso, Pittsburgh é sede de uma das duas únicas brass-band (bandas musicais que utilizam-se apenas de instrumentos de sopro). A Orquestra Juvenil de Brass-Band de Pittsburgh e a banda "Pittsburgh" são outras bandas musicais da cidade, e muitas de suas performances públicas produzidas por estas bandas são de acesso livre - de graça - ao público.

A cidade também foi o berço de Christina Aguilera, nascida em Pittsburgh em 18 de Dezembro de 1980. Recentemente, a cidade também tornou-se conhecida pelo indie rock. Várias bandas famosas de indie rock do país foram criadas na cidade.


Arquitetura e artes visuais


Pittsburgh também é um centro arquitetônico e de artes visuais americano. O Museu Andy Warhol Warhol é dedicado às obras artísticas de Andy Warhol, que é nativo da cidade, enquanto o Museu de Arte de Carnegie abriga obras de Edgar DegasVincent van GoghClaude Monet e outros, juntamente com galerias de arte e esculturas modernas. A Fallingwater, uma das obras mais reconhecidas de Frank Lloyd Wright, está localizada a uma hora de carro do centro da cidade; e o litoral norte da cidade é onde está localizada uma igreja gótica, a Calvary Methodist, cujo interior foi desenhado por Louis Comfort Tiffany. As janelas e os desenhos coloridos das igrejas são uma das maiores e mais elaboradas obras de arte que Tiffany criou.

Pittsburgh Filmmakers ensina mídia e artes relacionadas, e administra três teatros artísticos na cidade. A Pittsburgh Playhouse, na Universidade Point Park, possui vários atores profissionais e quatro conjuntos residenciais para abrigar outros atores. O Museu Carnegie de História Natural possui um acervo extensivo de dinossauros à mostra, incluindo o primeiro esqueleto fossilizado de um Tiranossauro Rex descoberto. Outras estátuas de dinossauros podem ser vistos ao longo da região metropolitana de Pittsburgh, decoradas por artistas vindos de todas as partes do país. Já o Centro Carnegie de Ciências é voltada para a alta tecnologia.


Parques e desportos


A região metropolitana de Pittsburgh possui mais de 150 parques, campos desportivos e playgrounds.

Parques localizados nos limites da cidade incluem instalações apropriadas para ciclistas, campeiros, nadadores e uma pista de gelo. O Schenley Park é o maior parque da cidade. Possui um jardim botânico e um conservatório natural, o Conservatório e Jardins Botânicos de Phipp.

A cidade possui três das mais importantes equipas dos Estados Unidos, o Pittsburgh Steelers, uma equipa de futebol americano, o Pittsburgh Penguins, uma equipa de hóquei no gelo, e o Pittsburgh Pirates, uma equipa de basebol.


Educação

  • Escolas: O sistema municipal de ensino de Pittsburgh é responsável pela educação de aproximadamente 40 mil estudantes, enquanto o sistema católico de ensino é responsável pela educação de aproximadamente 35 mil estudantes. O sistema municipal de ensino é diretamente administrado pela cidade, recebendo verbas de impostos municipais e do governo da Pensilvânia. O sistema católico de ensino é administrado por uma organização não-governamental, que recebe verbas diretamenete do município. Tanto o sistema municipal quanto o sistema católico de ensino permitem que estudantes de cidades vizinhas estudem em suas escolas, fazendo com que uma considerável percentagem dos estudantes das escolas públicas e católicas de Pittsburgh sejam de cidades vizinhas. Os professores das escolas públicas de Pittsburgh estão entre os bem mais pagos do país: a renda anual média de um professor foi de 52 832 dólares em 2003.

  • Bibliotecas: A Carnegie Library of Pittsburgh controla o sistema de bibliotecas ao longo da cidade. É composta por uma biblioteca central e várias outras bibliotecas de menor porte.


  • Instituições de educação superior: Pittsburgh é um pólo renomado de educação superior, possuindo 13 faculdades e universidades somente dentro de seus limites municipais. Destas 13, as mais conhecidas são a Universidade de Pittsburgh e a Universidade Carnegie Mellon. A Universidade de Pittsburgh, bem como sua afiliada University of Pittsburgh Medical Center, administram alguns dos melhores hospitais do mundo, e é reconhecida como um centro de pesquisas avançadas, que fez estudos e pesquisas pioneiras em transplante de órgãos, AIDS e câncer, bem como possíveis tratamentos. Já a Universidade Carnegie Mellon foi a primeira universidade nos Estados Unidos a oferecer cursos na área das ciências da computação e drama, bem como o primeiro instituto de robótica do mundo, que é o mais reconhecido na área atualmente.
  • Transportes

    Pittsburgh está conectada com outros centros urbanos na região através de várias rodovias - em especial, a Pennsylvania Turnpike, que conecta a cidade comFiladélfia e o Estado americano de Ohio - e pelo serviço interurbano ferroviário de passageiros Amtrak. Pittsburgh também é servido por um porto fluvial, e peloAeroporto Internacional de Pittsburgh, que foi construído na década de 1920, e que já foi a base de operações do aviador americano Charles Lindbergh. Atualmente, este aeroporto movimenta mais de 139 mil operações de pouso e decolagem por ano.

    O inverno em Pittsburgh é rigoroso, e neve e a formação de gelo nas vias públicas são comuns na região. Isto torna difícil a manutenção das vias públicas da cidade. Várias delas, por causa dos efeitos de dilatação e contração causados pela diferença de temperatura, tendem a rachar e formar buracos à medida que o verão (muito quente) chega. Além disso, os rios e os morros de Pittsburgh formam muitas barreiras naturais dentro da cidade, que são obstáculos a um sistema de transporte eficiente na cidade. Pontes são muito comuns ao longo da cidade, uma vez que elas conectam bairros que estão isolados do resto da cidade por causa de rios e/ou vales. Várias vias públicas no sul e no leste da cidade são obrigadas a formar túneis. No total, são mais de 450 pontes e 50 túneis, mais do que qualquer outra cidade no país.


    Transporte público


    O sistema de transporte público da cidade é administrado pela Port Authority of Allegheny County, o décimo quarto maior sistema de transporte dos Estados Unidos. A Port Authority of Allegheny County administra uma malha de rotas de ônibus, funiculares e três linhas de light rail, que consiste de bondes que passam a trafegar em túneis subterrâneos à medida que elas se locomovem em direção ao centro da cidade. Este sistema de light rail é composto por três linhas aproximadamente paralelas, que servem apenas o centro e o norte da cidade

    Antigamente, o Pittsburgh tinha onze funiculares, utilizados pelos trabalhadores que moraram em cima dos morros para chegar nas fábricas ao lado do rios Monongahela e Ohio. Porém, a maioria destes funiculares parou de ser utilizada, a partir da década de 1960. Hoje em dia, só restam duas funicilares, oDuquesne e o Monongahela, que atendem primariamente turistas.


    Bicicletas


    Uma população cada vez mais idosa, morros inclinados e clima instável fazem com que o uso de bicicletas como meio de transporte seja menos popular do que em outras cidades do mesmo porte nos Estados Unidos. Porém, Pittsburgh têm feito esforços em tentar estimular o uso de bicicletas por parte do público em geral. Faixas foram designadas em algumas ruas e avenidas para o uso exclusivo por parte de ciclistas, e ônibus permitem que o passageiro transporte uma bicicleta (que é transportada à frente do ônibus).